Curso Relações Internacionais na UERJ e realizei intercâmbio acadêmico em setembro de 2019 a agosto de 2020 na Kwansei Gakuin University, Japão. Durante a graduação, estudei língua e história japonesa como matérias eletivas, o que aumentou minha vontade de estudar o país dentro das relações internacionais.
Através do contato com o pessoal do setor de japonês da UERJ, soube das oportunidades de intercâmbio e bolsas, e o programa da Kwansei Gakuin foi o que mais me atraiu por possuir língua japonesa e diversas disciplinas de relações internacionais, além de aulas ministradas em inglês. Adquiri a recomendação para a bolsa JASSO pela universidade estrangeira e com isso pude cobrir os custos de acomodação e alimentação.
Com notícia de que fui aceito, organizei meu plano de estudos para permitir tanto estudar língua e sociedade japonesa quanto conteúdos que dariam base à minha pesquisa de conclusão de curso, com temática acerca de política de segurança internacional japonesa, como Relações Japão e EUA, Segurança Internacional e Política Moderna Japonesa. Foi de grande proveito ter lições ministradas por professores japoneses e de outros países. As diferentes visões de política internacional, num contexto internacional bastante agitado com disputa comercial entre EUA e China, manifestações em Hong Kong e pandemia, me deram diferentes perspectivas. A universidade ainda conta com um grande número de estudantes estrangeiros e pude ter um intercâmbio de ideias e experiências com estes alunos, criando amigos e fazendo laços para além da sala de aula.
Quanto à acomodação, escolhi viver com uma família japonesa e esta foi sem dúvidas uma experiência enriquecedora. Pela vivência com esta família acredito que pude ter uma maior integração com a comunidade em volta e pude desenvolver relações fora da esfera da universidade. Pela família ser um casal jovem com 3 filhos pequenos eu aprendi muito sobre educação infantil e administração de uma vida familiar.
Com a pandemia, a universidade adaptou-se para a aula online rapidamente e as aulas seguiram com qualidade como as presenciais. O retorno de muitos alunos estrangeiros e falta de novos intercambistas foi compensado com por acompanhamento individual mais próximo dos professores, permitindo uma maior individualização dos projetos desenvolvidos em aula.
Retornei ao Brasil com a vontade de realizar um mestrado no Japão e seguir com minha pesquisa, mas as bases que adquiri já estão contribuindo para os estudos de agora. Há bastante oportunidades de realizar trabalhos de meio-período e pude dar aulas de inglês para crianças, me adicionando a experiência de trabalhar com pessoas de diferentes lugares do mundo.
Ao fim da minha graduação, acredito que uma maior integração do curso de relações internacionais com os cursos de linguagens da UERJ forneceria uma experiência mais rica. Na minha turma, somente eu e um colega pesquisamos temas da região asiática e acredito que com maior contato de conteúdos acadêmicos de outros cursos poderia criar interesse nos alunos em estudarem temas fora dos clássicos de RI, aumentando a diversidade de estudos na área.
