Intercâmbio acadêmico na Universidade de Bolonha – Eduardo Cavallazzi

Iniciei a busca por uma universidade no intercâmbio por meio dos acordos de intercâmbio bilateral da UFSC, de modo que, em que pese eu não tenha pago para estudar, a minha estadia na Itália, bem como as passagens, foram oriundas de recursos próprios.

Dado a dupla graduação, eu procurei uma universidade que tivesse uma boa representação na área de Direito Internacional como também em filosofia, em face de um interesse pessoal, de modo que a Universidade de Bolonha, alma mater de Umberto Eco e ainda possuindo vínculos com a Johns Hopkins University School of Advanced International Studies, caiu como uma luva. 

A maioria das matérias que cursei foram em torno da temática de direito internacional, sendo elas: Direito Constitucional Global; Sociedade, Internet e Direito Internacional; Filosofia do direito e Direito constitucional Comparado. 

Além das matérias cursadas, participei do Grupo de Estudos de Direito Constitucional Global, orientado pela professora Diletta Tega, que foi especialmente interessante  porque contávamos esporadicamente com a visita de professores vinculado à SAIS (The Johns Hopkins University School of Advanced International Studies), de outras universidades europeias, bem como de outras localidades, como EUA e Israel.

Digo com segurança que foi uma das experiências mais importantes da minha graduação. Primeiramente que a área de direito internacional tende a ser melhor explorada em universidades europeias em face da União Europeia e outros fatores, oque foi fundamental na escolha da minha eventual pós-graduação. Outro ponto é que, ainda que a “qualidade” das aulas e dos  professores sejam praticamente as mesmas se comparado com os professores da minha universidade no Brasil, tínhamos com frequência aulas com professores e alunos de vários lugares do mundo, com backgrounds totalmente diferentes, o que rendeu debates incríveis nessa área que é fundamentalmente plural.

Uma vez que eu estive em Bolonha apenas para o primeiro semestre do ano, sinto que perdi muito aspectos importantes, por exemplo, um artigo que seria produzido junto ao grupo de estudo no final do ano letivo, infelizmente não pude fazer pois já havia regressado ao Brasil, de modo que antes de me graduar ainda quero “fechar o ciclo” de um grupo de estudos. Uma boa dica que poderia dar é, se possível, ficar um ano completo, ou ao menos começar o intercâmbio no segundo semestre do ano letivo.