Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) – Gabriela Belarmino

Desde o início da graduação, era uma vontade latente minha estudar processos sociais e vivenciar de maneira mais aprofundada a experiência da pesquisa acadêmica. Em 2017, numa das aulas inaugurais da graduação em Ciência Política com ênfase em Relações Internacionais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ouvi falar pela primeira vez sobre o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da instituição. Me interessei e procurei por mais informações.

No entanto, por ser recém-chegada ao departamento, aguardei um ano até que fossem abertas as inscrições para o programa de 2018/2019 e assim que foi iniciado o processo de submissão de projetos, entrei em contato com o Prof. Dr. Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE) e expressei meu interesse em receber sua orientação em todo o processo.

Como esperado, todo o processo ocorreu muito bem e, para minha surpresa e felicidade, fui aprovada. Por todo o período de Iniciação Científica, o projeto foi subsidiado pelo Programa de Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesqi/UFPE) e apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aos quais apenas posso agradecer infinitamente pela oportunidade e pela vivência. Dessa maneira, também fui inclusa pelo Prof. Marcelo Medeiros ao projeto universal de pesquisa “Migração, Autonomia Estatal e Cidadania Pós-nacional: Um estudo comparativo entre EUA, Brasil e França no século XXI”.

 Ao todo, foram pouco mais de dois anos de experiência, os quais se dividiram em dois projetos distintos, mas muito semelhantes. O primeiro se propôs a analisar as relações entre o recente conceito de cidadania pós-nacional e as políticas públicas instituídas para defender a cidadania de  imigrantes e refugiados no Brasil. A análise teve como unidade temporal o período entre 1980 e 2017, sendo tais períodos demarcados pela instituição do Estatuto do Estrangeiro (Lei Nº 6.815/1980) e a mais recente aplicação da Lei de Migração (Lei Nº 13.445/2017).

 Ao fim do primeiro ano de pesquisa, submetemos um projeto de extensão da pesquisa e de atualização da minha participação enquanto bolsista do programa; e, mais uma vez, fui aprovada. O segundo projeto se propôs a ser uma continuação da pesquisa anterior e, aliado aos resultados já existentes, compreender de que maneira se deu a flexibilização do Estatuto Estrangeiro (Lei Nº 6.815/1980) ao longo do tempo, tendo como foco principal a influência de tratados internacionais sob as edições no texto original. 

Agora, ao caminhar para a finalização da graduação, não consigo imaginar como teria sido a minha experiência na universidade sem a vivência que a Iniciação Científica me proporcionou. Não falo apenas no sentindo metodológico da produção científica, mas na aplicabilidade real de questões tão sensíveis, tanto dentro da academia quanto na realidade. Chego ao fim da graduação muito contente por todo o aprendizado que tive e muito esperançosa de que muitos outros estudantes venham a ter uma experiência tão feliz e enriquecedora como a que eu pude ter.